O Dia Mundial de Combate à Aids é celebrado nesta terça-feira, 1º de dezembro, e a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará participa ativamente nessa campanha oferecendo cuidados especiais para as gestantes portadoras do vírus HIV e com os bebês que nascem na Maternidade Dr. Almir Gabriel. Até novembro de 2015 a Santa Casa já atendeu 194 mães soropositivas, número maior que o total do ano de 2014, que registrou 185 casos.

Um dos agravantes desse número é a falta de acompanhamento adequado no pré-natal. Das 194 grávidas atendidas na Fundação em 2014, 54 delas descobriram que possuíam o vírus somente na hora do parto. Diante disso a Santa Casa adere à campanha mundial de combate alertando para que todas as grávidas façam o acompanhamento do pré-natal, onde o exame que detecta o vírus é solicitado. Essa ação é imprescindível para evitar que o vírus e outras doenças sejam transferidas para o feto.

Desde 1998 a Santa Casa acolhe as grávidas do Pará com HIV positivo. Já em 2003, por meio do Projeto Nascer, criado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a Santa Casa trouxe melhorias para essas mães. O projeto disponibiliza desde o teste rápido que é realizado na maternidade, remédio de inibição da lactação, até latas de leite para essa nova família.

Para as gestantes que ficam sabendo da contaminação apenas no momento da internação para o parto, a equipe multiprofissional da Fundação presta toda assistência emocional e psicológica para dar apoio a essa mulher. Além disso, o cuidado com essa mãe e seu bebê é redobrado. Três horas antes do parto a gestante recebe o AZT (medicamento mais empregado para o tratamento da Aids) que inibe a transmissão vertical. Logo ao nascer, o bebê é medicado com um antiviral oral e fica em observação na Maternidade. A contaminação do feto acontece de três maneiras: dentro do útero, no momento do parto e a principal maneira, que é através do leite materno.

"É importante destacar que a Santa Casa do Pará dá total suporte para essas mães e que, apesar da dificuldade que é ser portadora do vírus HIV, se os cuidados necessários forem tomados, elas podem levar uma vida normal. As grávidas têm que pensar no bebê que vai chegar e se prevenir de tudo que pode afetá-lo", afirma a enfermeira Carmem Peixoto, gerente da triagem obstétrica.

Tags

santa casa Saúde