Cultura
Com a temática “Museus e histórias controversas: dizer o indizível em museus”, a 15° Semana Nacional de Museus abre espaço para novos conhecimentos e viagens ao passado por meio das ilustrações modernistas expostas no Museu de Artes de Belém (Mabe) que chamaram atenção de alunos da rede pública e particular de ensino. O Mabe funciona no no Palácio Antônio Lemos.
“A expressão que as obras passam impressiona. É uma ligação entre o passado e o presente, o antigo e o atual, mostrando obras de artistas paraenses para deixar claro que também tivemos e temos grandes profissionais”, disse o aluno Walmir Lobato, de 17 anos, da Escola Estadual Paes de Carvalho.
A Semana Nacional é realizada de 15 e 21 de maio pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) para comemorar o Dia Internacional de Museus, que transcorre nesta quinta-feira, 18, e objetiva despertar e aproximar ainda mais a sociedade das artes plásticas e dos espaços de cultura.
“O Mabe já participa da Semana Nacional de Museus há muitos anos. Nós fazemos questão de participar dessa atividade. Nós pensamos na programação fazendo a exposição do modernismo e fazendo um link com as escolas, que muitas vezes têm uma carência de atividades artísticas”, explicou a diretora do Mabe, Dora Lúcia Lourenço.
Mesmo quem não nasceu no Pará se sentiu em casa conhecendo as raízes do Estado que aprendeu a amar. “Eu tenho muito orgulho da história do Pará. É a primeira vez que eu entro no Palácio e tudo me chamou muita atenção. A arquitetura é linda, e há o cuidado com todos os detalhes e todas as obras maravilhosas que estão expostas. Sou de São Paulo, mas posso dizer que nunca vi um lugar tão simbólico como esse”, frisou a estudante Gabriela Canuto, de 12 anos, do Colégio Santa Catarina.
Com o objetivo de oferecer novos horizontes e formas de conhecimento aos alunos, a Escola Estadual Paes de Carvalho tem adotado uma nova forma de passar conhecimento aos estudantes. “Estamos trabalhando com a perspectiva da educação patrimonial. É de forma interdisciplinar, com todas as disciplinas, e posteriormente a visita mediada. E abre-se uma discussão sobre tudo que foi visto. Como estamos estudando modernismo na literatura, vimos a exposição do Mabe como uma oportunidade de aprendizado”, explicou o professor de Língua Portuguesa do Paes de Carvalho Rosemiro Lopes.
Para deixar os alunos por dentro de tudo que representam as obras e a arquitetura das dependências do Palácio Antônio Lemos, onde está localizado o Mabe, as visitas foram mediadas pela técnica em Cultura do Mabe Alice Miranda. “Aqui você tem as obras pra ilustrar o que você fala. Muitas escolas não têm um recurso ilustrativo. No Museu você está ao vivo e a cores, com a obra de frente para você. Você verbaliza e eles podem verificar a obra concreta”, frisou.
Ao término do dia de visitação, muitos alunos que chegaram desanimados ao encontro voltaram para suas escolas com outro pensamento. “Eu não costumava ir ao museu, não achava algo tão legal. Mas gostei muito. A partir de agora, vou passar a ir mais a todos que puder”, afirmou a estudante Beatriz Garcia, do sétimo ano do Paes de Carvalho.
O Mabe estará de portas abertas com a exposição de obras modernistas até sexta-feira, 19.
Confira a programação:
17/05 - Palestra das 16h às 18h: “A importância do diálogo das memórias não ditas em silêncio do acervo do Mabe”. Palestrante: Professora Lélia Fernandes.
18/05 - Visitação mediada sobre o Modernismo do Pará – Memória pra Lembrar, das 10h às 18h.
- Ação Cultural de Fixação “Lembrar o que está em silêncio no Mabe”, das 14h às 17h.
19/05 - Visitação mediada sobre o modernismo do Pará – Memória pra Lembrar, das 10h às 18h.
- Ação Cultural de Fixação “Lembrar o que está em silêncio no Mabe”, das 14h às 17h.
