Arte

A tarde deste sábado, 25, a partir das 17h, na praça central da Vila da Barca vai ser marcada pela arte, fotografia de afeto e lançamentos, além de música e poesia. Os autores das fotografias dos moradores são as crianças e adolescentes, moradores da Vila da Barca, a maior periferia da América Latina.
Hoje será apresentado o resultado do projeto "Periferia: imagem, centro e afeto" do arte educador Rafael Fernando, que há dois meses, ele as crianças e adolescentes da Vila produzem fotos em grandes dimensões e utilizam a técnica do lambe para estampar as fotografias de moradores da Vila da Barca nas casas das palafitas, no bairro do Telégrafo.
Emily Raiane Lisboa de Souza, 17, liderança juvenil na Barca Literária, está feliz com resultado das fotos expostas em grandes dimensões nas palafitas da Vila da Barca. "Achei muito bom, porque faz com que as crianças e os adolescentes tenham mais contatos uns com os outros e com os próprios moradores da Vila. E faz com que os moradores tenham outra visão de si mesmo, se vendo como inspiração pra comunidade", observa a jovem estudante do ensino médio.
Ela destaca o pertencimento à comunidade. "Sinto que com esse projeto me fez mais pertencente a comunidade, e com as fotografias colocadas deixaram a comunidade de uma outra forma, mais bonita e vê ela desse jeito é muito bom, porque faz com que a gente veja a comunidade com outros olhos", comemora.
Para Rafael Fernando, o projeto é uma celebração na periferia do diálogo, arte e cultura. "Eu imagino que esse projeto é uma festa, uma celebração pela periferia. Iremos reunir hoje, vários artistas da periferia. Este será um momento de muito afeto entre elas está a poesia, todo esse processo de criação. Queremos mostrar que a periferia resiste a todo histórico de violência, exploração, de dominação de quem estar no poder", pontua.
Ele ressalta que pensar nas grandes Periferias de Belém é compreender um processo de resistência e coletividade: " Enxergar o outro com uma extensão do meu ser é recordar a filosofia Ubuntu "nós por nós" e podemos compreender que a periferia historicamente constrói esse processo de resistência, experiência de vida, (re)contar a história como sujeitos protagonistas o que é perceptível na prática por meio das Escrevivências de Conceição Evaristo, no (re)contar da história do negro em Beatriz Nascimento, não sendo mais os objetos de estudos, mas criando ferramentas criativas que resgatam nossa imagem deformada pelo racismo e pelas múltiplas violências".
Programação - Na mostra artístico periférica de hoje, terá como atrações: Grupo D'Aqui; Sarau em movimento; banda Fogoyó; Pedro Bolha; Falsos do Carimbó; Liz Silva; Moraes MV; Ana Oliveira e uma sessão de autográfos dos Zines.
O projeto Periferia: arte, cultura e afeto foi contemplado no edital nº 12/2022 de Incentivo à Arte e Cultura da Fundação Cultural do Pará 2023.
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arte Belém Fotografia
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