Mobilidade

O Paráciclo, coletivo dedicado à mobilidade ativa na Amazônia urbana, acaba de vencer o edital do Prêmio Bicicleta Brasil, uma iniciativa de valorização, fomento e premiação de boas práticas que incentivem o uso da bicicleta no território nacional.
O projeto Perifa na Pista foi o único da região Norte a vencer a premiação do ministério das Cidades, do Governo Federal. O projeto foi contemplado na categoria Mobilização e Incidência Política.
O Perifa na Pista nasce para fortalecer o uso da bike em territórios de baixa renda e potencializar mulheres no pedal. O projeto leva para bairros da periferia rodas de conversa sobre o direito das mulheres à cidade, sobre o código brasileiro de trânsito e sobre a importância da bike como meio de transporte saudável para o corpo e para o meio ambiente.
O projeto nasce para potencializar o uso da bicicleta por mulheres em territórios periféricos e de baixa renda. O projeto leva para bairros da periferia rodas de conversa sobre o direito das mulheres à cidade, sobre o código brasileiro de trânsito e sobre a importância da bike como meio de transporte saudável para o corpo e para o meio ambiente.
“Essas mulheres já usam muito a bike, mas por falta de opção. A ideia do projeto é contribuir para que elas percebam a bike como um transporte digno, que pode ser um instrumento de mitigação da crise climática, e como elas podem se unir à luta pra cobrar do poder público infraestrutura pra gente se deslocar com segurança por meio desse modal tão necessário e saudável pra todo mundo”, diz Ruth Costa, idealizadora do projeto, mulher preta, moradora da periferia da Grande Belém e diretora da Paráciclo.
Reconhecimento
Em setembro deste ano, o Paráciclo foi destaque no 13º Fórum Mundial da Bicicleta e 11º Bicicultura, eventos que aconteceram paralelamente na Universidade de Brasília (UnB), no Distrito Federal.
Os projetos premiados foram o projeto “Bicicletas Douradas”, que implantou um sistema de bikes compartilhadas na Ilha de Cotijuba; e o “Perifa na Pista”, voltado ao empoderamento de mulheres ciclistas que vivem em territórios de baixa renda da Grande Belém.
“É simbólico que o Pará receba esses prêmios no Dia da Amazônia, porque a bicicleta é um meio de mitigar a crise climática, é um transporte zero poluente, democrático, saudável. E a Amazônia tem toda a relação com esse conjunto de valores, sobretudo neste contexto de COP 30", diz Ruth Costa, presidente do coletivo Paráciclo.
"Junto ao transporte público, a bike é a principal forma de deslocamento dos moradores da Grande Belém. Então pensar em projetos que fortaleçam o uso da bicicleta, ações que destaquem a importância de políticas públicas que garantam segurança e dignidade do ciclista na Amazônia é nosso propósito e nossa luta social. Estamos muito felizes por contribuir nacionalmente nesse debate”, completa.