Cerca de duas mil famílias residentes na área do Projeto Estadual de Assentamento Agroextrativista (Peaex) denominado Curumucuri, no município de Juruti, oeste do Pará, tiveram suas áreas regularizadas pelo Instituto de Terras do Pará (Iterpa). São mais de 115 mil hectares de áreas que serão tituladas, beneficiando os produtores extrativistas que vivem no local. O decreto que homologa a criação da área foi assinado pelo governador Simão Jatene e publicado no Diário Oficial, na última sexta-feira. “O Iterpa agora vai emitir os títulos de propriedade para entrega às famílias”, disse o presidente do Instituto, Daniel Lopes, ao receber na manhã desta segunda-feira, 28, na sede do órgão, o presidente da Associação das Comunidades da Gleba Curumucuri, Isaías Rodrigues Vitor, que veio a Belém para acompanhar o trâmite do processo.

Segundo o dirigente da Associação, a regularização fundiária da área vai melhorar significativamente a vida das famílias, que vão poder acessar linhas de crédito para investimento e diversificação da produção. Hoje, no local, a base da economia é o extrativismo do babaçu, cipó titica, castanha, piquiá e outras espécies florestais, mas há planos também de investir na mecanização da área para produção agrícola sustentável. “A Natura queria comprar nossa produção, mas não podíamos vender porque não tínhamos o título de nossas áreas. Com a regularização, isso agora será possível”, ressaltou Isaías.

Para viabilizar a homologação da área, o Iterpa enviou equipes para o local, onde foram realizados trabalhos de vistoria, georreferenciamento e outros necessários para agilização da regularização fundiária. “Vamos avançar ainda mais nesse processo, contemplando todas as regiões do Estado”, frisou Daniel Lopes. A entrega dos títulos será feita pelo governador Simão Jatene.        

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