Um dos principias patrimônios de Belém, o Palacete Bolonha vem recebendo uma grande obra de restauro. O prédio, construído no início do século XX durante o ciclo da borracha, é um símbolo de amor do proprietário e engenheiro, Francisco Bolonha, à esposa, a musicista Alice Tem-Brink. O monumento fica localizado na avenida José Malcher, bairro de Nazaré.
A edificação está passando por minucioso restauro, que inclui todos os detalhes de paredes, forros, pisos, peças de gesso, madeira e vidro, luminárias, fachada, cobertura, telhas, esquadrias, portas, janelas e escadas. Os trabalhos estão sendo fiscalizados pela Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), que mantém um fiscal na obra para verificar o andamento do trabalho da empresa contratada.
O local foi vistoriado na manhã desta terça-feira, 18, pelo prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, que percorreu todos os pavimentos do prédio. “Estamos investindo no patrimônio histórico e na nossa identidade cultural. O local é uma joia da nossa história”, disse o prefeito. 
Zenaldo visitou a sala de música, a biblioteca, a sala de costura, os banheiros e o mirante. “Estamos com a restauração no espaço ocorrendo de forma minuciosa e verificando os mínimos detalhes desse patrimônio”, destacou o prefeito.
Execução - A obra está com 35 % do andamento executado e atualmente os trabalhos estão concentrados no primeiro pavimento, onde o serviço de restauro é executado por uma equipe especializada. “Temos uma equipe de especialista em patrimônio, que possui todo um cuidado na restauração, mantendo e recuperando o que encontramos no Palacete”, explicou Débora Leite, diretora de planejamento da Seurb.
As partes elétrica e de refrigeração já foram instaladas e foi implantado o sistema de vigilância. O próximo passo será a restauração da fachada e a recuperação de dois pavimentos do Palacete. Após a obra, o espaço será adequado para futura utilização como Casa-Museu Francisco Bolonha e o prazo de entrega dos serviços é para o mês de dezembro deste ano.
Patrimônio - O Palacete Bolonha reúne estilos, como o neoclássico, art noveau, barroco e rococó. O espaço é tombado e administrado pela Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel), que vem acompanhando todo o processo de restauração.
“Nós, enquanto Fumbel, temos acompanhado de perto as decisões da Seurb, dando todo o apoio que é necessário e demandado”, explicou Tainá Arruda, diretora do Departamento de Patrimônio Histórico da Fumbel.

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