COP 30
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Foto: Ascom Sesma
Uma equipe técnica da Secretaria de Atenção Especializada do Ministério da Saúde visitou o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATOX) de Belém nesta quarta-feira (29) para conhecer o espaço, a capacidade de atendimento e avaliar a necessidade de possíveis adequações e investimentos para atendimentos durante a COP 30, em novembro deste ano. A vista foi acompanhada por integrantes da Coordenação de Atenção às Urgências da Secretaria Municipal de Saúde e do Hospital Universitário João de Barros Barreto.
Os técnicos viram de perto as instalações do centro, o funcionamento do serviço e os protocolos adotados, além da dimensão e atuação das equipes responsáveis pelo atendimento.
Fortalecimento da estrutura e equipe para a COP 30
Barbara Rahn, consultora técnica da Coordenação-Geral de Urgência da Secretaria de Atenção Especializada (SAES) no Ministério da Saúde, destacou a importância da visita para fortalecer os serviços do centro. “Essa visita foi uma articulação para entender como podemos fortalecer o serviço do CIATOX Belém, identificar as demandas que o Ministério da Saúde pode apoiar e como podemos preparar o serviço para as novas demandas que surgirão, principalmente, relacionadas ao aumento de casos de intoxicação devido à COP30. Precisamos nos organizar para prever situações como a necessidade de mais soro antiveneno e antídotos, conforme a população que será movimentada”, ponderou Barbara.
Durante a visita, a consultora técnica também anunciou que a portaria que institui os Centros de Informação e Assistência Toxicológica, da Rede de Atenção às Urgências e Emergências, passará por revisão e a mudança prevê investimento de recursos federais para fortalecer os serviços.
Aperfeiçoamento e aproximação na rede de urgência
À tarde, os representantes do Ministério da Saúde participaram de uma reunião no prédio central da Sesma com representantes do Departamento de Urgência e Emergência de Belém e da Secretaria de Estado de Saúde Pública, além da coordenação do Centro de Informação e Assistência Toxicológica para discutir uma relação mais próxima com os outros componentes da rede, como as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Hospitais de Pronto-Socorro (HPSM) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), onde os pacientes com intoxicação costumam buscar o primeiro atendimento.
“É fundamental o apoio do Ministério da Saúde para fortalecer os serviços do CIATOX Belém, que é um centro de referência na Amazônia e tem papel essencial no projeto da COP 30. Esperamos um grande movimento de pessoas, com a chegada de cerca de um milhão de visitantes. Precisamos entender todas as circunstâncias que podem levar aos casos de intoxicação, como acidentes com animais peçonhentos, ingestão de plantas tóxicas e o abuso de medicamentos, que são recorrentes no nosso serviço”, explicou a coordenadora do CIATOX Belém, Shirley Dourado.
Belém preparada para emergências
Shirley Dourado também destacou a importância do trabalho conjunto entre as diferentes secretarias e agências envolvidas na preparação para o evento. “Com o apoio do Ministério da Saúde, as secretarias Municipal e Estadual de Saúde e as equipes especializadas, teremos condições de atuar de forma mais integrada e específica, oferecendo respostas rápidas e assertivas para a população e para os profissionais de saúde durante a COP 30. Estamos nos preparando com protocolos específicos para lidar com acidentes envolvendo substâncias químicas, biológicas, radioativas e nucleares (QBRN), o que nos ajudará a garantir mais segurança para os visitantes e para a população local”, concluiu.
Sobre o CIATOX
O Centro de Informação e Atendimento Toxicológico (CIATOX) de Belém está localizado no Hospital Barros Barreto é um projeto de extensão da Universidade Federal do Pará, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Belém. O centro atende, em média, 60 municípios do Pará, além de prestar serviços a outros 14 estados brasileiros como Amapá, Bahia, Minas Gerais e Goiás.
A equipe multiprofissional do CIATOX Belém é composta por biólogos, farmacêuticos, enfermeiros, médicos, veterinários e estagiários, que oferecem teleorientação e informações 24 horas por dia, tanto para profissionais de saúde quanto para o público em geral, por meio dos telefones (91) 98628-4585 e (91) 98519-8770. Os atendimentos abrangem casos de intoxicação por plantas, drogas, produtos químicos ou animais peçonhentos.
O CIATOX também conta com ampla bibliografia sobre toxicologia e banco de dados acessível, usado para fornecer orientações. Ao realizar atendimento, os dados do solicitante e do intoxicado são registrados no sistema "Datatox", um banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS), que também é utilizado para análises estatísticas.
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COP 30 INVESTIMENTO Saúde SAÚDE NA COP 30
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