Dia Nacional do Voluntariado

Gratidão foi o sentimento externado por pacientes e funcionários do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém, durante a programação realizada neste sábado (27), em alusão ao Dia Nacional do Voluntariado - 28 de Agosto. Em atuação individual ou em grupos, os voluntários da instituição somam mais de 60 pessoas com um objetivo em comum: colaborar com o atendimento humanizado.
Movidas pela solidariedade, essas pessoas doam carinho, tempo, talento e trabalho, de forma não remunerada, para atribuir um novo significado no enfrentamento do câncer. Artesanato, pintura, música, contação de histórias e até uma palavra de conforto, tudo faz a diferença e deixa o dia especial e menos estressante para quem passa horas, e até meses, dentro do ambiente hospitalar.
Durante a programação, cerca de 20 voluntários seguiram pelo “Corredor da Gratidão”, decorado com nuvens e chuvas de amor, sentimento que eles oferecem às crianças e adolescentes assistidos no Hospital. Na ocasião, assistiram a um vídeo com depoimentos de funcionários, pacientes e acompanhantes, e receberam brindes com estampas, em miniatura, das mãos de crianças atendidas na instituição.
Segundo a diretora Administrativa do Hospital, Joelma Oliveira, “eles compartilham um dom sem pedir nada em troca, além de sorrisos. Todo o carinho dedicado ajuda bastante, identificamos que os pacientes ficam ansiosos pelas atividades e melhoram após as visitas. Por trazer um resultado tão positivo, apoiamos essa relação tão benéfica e trabalhamos de mãos dadas”.
Alegria - “Agradeço aos voluntários que saem de suas casas para trazer alegria pra gente no momento em que estamos tristes. Já participei de muitas atividades, e sempre me deixam mais tranquilo. Cada um de vocês é muito importante”, afirmou o paciente Ramon Bezerra, 17 anos.
A coordenadora de Humanização, Natacha Cardoso, vê o voluntariado como o braço direito do trabalho realizado no Hospital. “Para desempenharmos as ações planejadas, contamos com o apoio desses profissionais, que nos ajudam de forma tão parceira a prestar um acolhimento humanizado aos nossos usuários. É realmente algo muito louvável”, ressaltou.
Força e carinho - Elton Monteiro, 43 anos, é voluntário há um ano e meio. Toda quarta-feira ele se junta a um grupo para contar histórias. “Quando a gente chega ao leito, as crianças fazem festa. Temos o cuidado de trazer histórias infantis, mas também aquelas que trazem mensagem de força e perseverança. Aqui viemos para doar afeto, mas saímos fortalecidos quando recebemos o sorriso de um desses pacientes, mesmo num momento de tanta dificuldade”, disse Elton.
A artesã Iranilde Siqueira, 37 anos, é voluntária e mãe de paciente. Durante a internação da filha percebeu que muitas mães e crianças não recebiam visitas por serem de cidades distantes da capital. Foi quando teve a ideia de ofertar algo a eles. “Eu comecei a fazer toucas de crochê para aquecer as crianças, porque é frio à noite. Criei o grupo ‘Mãos que Ajudam’, e juntos já confeccionamos mais de mil toucas para entregar aos pequeninos. Mudarei para outro estado, mas a corrente do bem vai continuar”, garantiu.