Profissionalização



Foto: ASCOM / FASEPA
A “Exposição de Produções dos Socioeducandos” reuniu nesta quarta-feira (3), na sede administrativa da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa), em Belém, diversos saberes artísticos, culturais, ambientais e culinários, produzidos por jovens que cumprem medidas socioeducativas nas unidades da Fundação localizadas na capital paraense.
Entre os objetivos do evento estão garantir a convivência comunitária, incentivar a autonomia e o protagonismo dos jovens por meio da educação profissional, além de contribuir para a geração de emprego e renda, e com a integração entre a comunidade socioeducativa e as instituições públicas parceiras da Fasepa, como Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) e Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster).
“É bom estar aqui reunido com várias pessoas que acreditam na nossa mudança de vida, basta a gente querer. É a primeira vez que eu participo de uma programação como essa, e estou muito feliz”, destacou um dos jovens assistidos no Centro Socioeducativo Masculino (Cesem). “Eu estou aprendendo muitas coisas boas aqui, e quando sair da medida socioeducativa quero trabalhar e ter uma vida digna”, acrescentou o rapaz de 17 anos.
A mostra, que está na sua segunda edição, será realizada mensalmente e de forma itinerante nos espaços da Fasepa e por outras instituições públicas governamentais. Os expositores trouxeram parte da produção das oficinas desenvolvidas diariamente com os jovens nas unidades socioeducativas, com o acompanhamento de arte-educadores.
Parceria – Presente ao evento, a deputada estadual Nilse Pinheiro (Professora Nilse), disse que “nós precisamos legislar para termos as garantias legais para incentivar esse trabalho feito por esses adolescentes, inclusive na capitação de recursos financeiros para melhorar as condições da socioeducação no nosso Estado”. Segundo ela, ainda é preciso o compartilhamento de compromisso e responsabilidades para as demandas saírem do papel.
Apresentações musicais e exposição de plantas ornamentais, puffs, objetos decorativos e utilidades domésticas, além de pães, bolos, tortas, doces e salgados, foram alguns dos atrativos da programação.
Para a coordenadora do Espaço Apoena, Lilian Mello, “esse momento representa uma grande oportunidade para que nós possamos dar visibilidade e expandir o alcance desse trabalho que é desenvolvido nas unidades”, acrescentando que “em geral, a sociedade civil não consegue ter essa percepção, essa dimensão do trabalho que nós desenvolvemos no dia a dia, pois ainda tem uma visão marginalizada com a cultura do cárcere, e nós queremos mostrar que é possível transformar vidas”.